Com uma Canon t6, Melqui se tornou um dos fotógrafos de maior venda nos eventos dos quais participava. Quando começou, não imaginava que se apaixonaria pelo universo do esporte. Ainda assim, no último mês, foi chamado para fotografar a Copa Internacional de Mountain Bike, um evento fechado para fotógrafos convidados pela plataforma.

Ele trabalha com fotografia desde janeiro do ano passado. Entrar no ramo foi uma forma de ganhar dinheiro, quando a área do mercado na qual se formou não ofereceu as oportunidades que desejava. Ele conta:

“Eu pensei: todo mundo precisa de fotos, não é? Todo dia nasce uma criança. Aí comprei uma câmera e comecei a estudar algumas técnicas de enquadramento no Youtube.”

Ele trabalhava por conta própria, sobretudo com ensaios infantis, femininos e de casais. Foi tentando “fazer seu nome”, mas era difícil conseguir clientes. Até que uma amiga, que já fotografava no Fotop, lhe contou sobre a oportunidade. No começo, Melqui teve receio de não se adaptar, mas decidiu tentar quando a colega mostrou a ele quanto faturava na plataforma.

“Fui mais pelo valor. Não imaginava como era o universo do esporte. Mas em Belo Horizonte fotografamos muitas corridas, e me apaixonei por esse mundo. Estou gostando até hoje.”

Com uma Canon t6, máquina fotográfica considerada “de entrada”, ou seja, indicada para quem está começando, Melqui foi se tornando muito popular entre os corredores. Ele criou uma conta no instagram, onde interagia com os compradores das fotos.

“Daí em diante, comecei a ser conhecido. O pessoal passava e já pulava na frente da câmera. Assim, passei a construir a interação que tenho até hoje.”

A qualidade das fotos e seu sucesso nas vendas fez com que, em março deste ano, Melqui fosse chamado para fotografar a Copa Internacional de Mountain Bike. O evento é fechado para fotógrafos convidados pelo Fotop, e participar foi uma grande surpresa para ele. Melqui conta, brincando, que todo seu equipamento provavelmente custava menos que a lente da maior parte dos fotógrafos. Ainda assim, conseguiu o segundo maior número de vendas.

Como fatores importantes para uma boa foto, Melqui fala da localização. Nas provas, visitou antecipadamente o percurso e buscou estar em um local onde pudesse aproveitar bem seu equipamento. Curvas e subidas, por exemplo, faziam sentido para ele, por serem lugares onde os corredores precisavam diminuir a velocidade.

Da experiência, ele levou a gratificação de se sentir parte de uma equipe, onde todos agregavam para que o evento fosse bem registrado. Também tem boas lembranças da Volta da Pampulha, corrida de rua onde pôde conhecer pessoas de vários lugares do país. Sobre o que o Fotop mudou em sua vida, ele conta:

“Saí de uma pessoa que fazia 300, 400, 500 reais no mês, trabalhando todos os dias, para entrar no Fotop, onde você faz 1500 reais em um final de semana. Eu estava em casa sem saber que existia um mundo ali, onde eu poderia interagir com as pessoas e ganhar dinheiro. E, ao mesmo tempo, fotografar, que é algo de que gosto muito.”

Por Mariah Lollato