Câmeras profissionais são uma ótima ferramenta para capturar momentos, mas não a mais comum. Levamos dentro do bolso um equipamento que proporciona registros incríveis. Selfies, vídeos dos amigos e fotos de aniversários: o que todos conhecem bem é o celular. Na última sexta-feira, Igor Margato, que trabalha com sua esposa em fotografia de casamentos e famílias, deu dicas de como tirar boas fotos com o aparelho, em nossa live no Instagram.

Qual aparelho devo comprar?

O primeiro passo a ser dado é a escolha do aparelho. Três itens devem ser levados em consideração: preço, abertura da lente e quantidade de megapixels. Ao contrário do que o senso comum prega, Igor explicou que não necessariamente uma câmera com uma grande quantidade de megapixels é a melhor opção. O ponto mais importante a se observar é a abertura da câmera.

A abertura mostra o quanto a lente se abre para a entrada de luz e vem indicada com a notação f/1.7, f/1.8, f/2 e assim por diante. Quanto maior o número depois do f, menor a abertura da lente, e menor a entrada de luz. Aberturas de lentes maiores são melhores, porque fazem com que a câmera possa trabalhar com mais iluminação e mais detalhes.

Sobre os pixels, eles são importantes quando se deseja imprimir ou ampliar as fotos, porque são o que dão resolução a ela. Mas uma excelente câmera de iphone, por exemplo, não tem grande quantidade de megapixels, porque trabalha com a abertura da lente.

Por isso, Igor explicou que uma boa maneira de se pensar na compra é organizar uma planilha levando em conta o preço desejado em 1° lugar, a abertura da lente em 2° e a quantidade de megapixels em 3°. Depois de decidido o preço, é possível procurar no YouTube por vídeos que comparam as diferentes opções, e facilitam a escolha.

Igor contou os segredos de uma boa foto com o celular em nossa live do Instagram

Dicas para tirar boas fotos

Um dos pontos principais a se prestar atenção ao fotografar é a luz. Ela é um dos componentes mais importantes das fotos. “A palavra fotografia significa escrita com luz. O problema mais básico da fotografia é a falta de luz. Nós precisamos dela”, disse Igor.

Os pontos que devem ser ajustados para aproveitar melhor a iluminação são o ISO, a velocidade do obturador e a abertura da lente. Uma maior velocidade de obturador significa que a lente ficará aberta por menos tempo para a entrada de luz, mas também que a imagem será mais estável. Maior abertura significa mais entrada de luz, mas também que o foco estará no objeto mais próximo da câmera, deixando o fundo mais desfocado.

Para aprender a mexer nestas configurações, Igor recomendou deixar duas delas fixas e testar mudanças na terceira, para saber como ela funciona. Nos celulares, como dissemos no início, a abertura da lente é fixa, mas é possível experimentar com os dois outros ajustes.

Sobre a iluminação na composição, Igor deu mais algumas dicas essenciais: é importante deixar o objeto sempre a favor da luz e tomar cuidado com o reflexo vindo de pontos coloridos do ambiente, porque eles podem colorir a fotografia também. E para iluminar os pontos escuros, até uma folha de papel branca pode ser usada como rebatedor.

Mas é preciso também não se esquecer de usar as sombras a favor da fotografia: elas ajudam a dar noção de volume. Em selfies, por exemplo, o rosto pode ficar um pouco inclinado, para fazer uma pequena sombra que mostra os contornos.

Editando fotos

Igor indicou dois aplicativos que considera ótimos para edição no celular: lightroom e snapseed. “Até os próprios ajustes do Instagram são uma boa opção, porque todos carregam a mesma lógica de edição”, disse Igor. Ele explicou o que faz cada um desses ajustes básicos:

  • Brilho: indica quanta luz entra na foto. Quanto maior o brilho, mais luz entra.
  • Contraste: é a distância entre o preto e o branco em uma foto. Adicionar, aumenta a diferença e diminuir, diminui a diferença. Cuidado com os extremos: um contraste muito elevado faz com que a foto perca detalhes e um contraste muito baixo pode deixá-la pálida.
  • Estrutura: aumenta a nitidez e “definição” dos pontos da imagem, de maneira mais drástica. Igor recomenda que seja usada para objetos e paisagens.
  • Nitidez: faz o mesmo que o ajuste acima, com mais delicadeza. Igor recomenda que seja usada para rostos e pessoas.
  • Saturação: a gente mexe na intensidade das cores da nossa foto. É preciso tomar cuidado para não criar um efeito artificial.
  • Realce: cuida da iluminação da parte mais clara da foto.
  • Sombras: cuida da iluminação na parte mais escura.

Em todos estes ajustes, vale lembrar que o importante é valorizar a foto, sem que ela perca a naturalidade. “Muitos clientes me dizem que gostam das minhas fotos porque elas têm uma aparência natural”, Igor contou. Para chamar atenção, não é suficiente que a foto seja bonita, ela precisa parecer real!

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Por Mariah Lollato