Aproveitamos para parabenizar todas as mulheres que nos acompanham: fotógrafas, leitoras e esportistas. Feliz dia da mulher!

O que seria da humanidade sem as mulheres? Certamente, ela não existiria. Assim como, sem algumas fotógrafas, jamais teríamos grandes momentos da história registrados.

Muitos feitos no universo da fotografia também foram protagonizados por mulheres, embora, muitas delas não tenham recebido ao menos os devidos créditos. Por isso, hoje aqui no Blog FOTOP, resolvemos não só homenagear grandes fotógrafas, como também dar destaque aos seus trabalhos.

Confira nossa seleção:

Gerda Taro

Foi uma das mulheres mais importantes e fortes na fotografia. De origem alemã, sua história é construída com guerras, resistência, pioneirismo e amor. É considerada uma das primeiras fotojornalistas a cobrir guerras e seu nome está muito ligado aos fotógrafos Robert Capa e David Seymour.

Filha de judeus, Gerda Taro lutou contra o nazismo, mas acabou se mudando para Paris, após o fortalecimento do antissemitismo na Alemanha. Foi lá, inclusive, que conheceu Capa e Seymour, e juntos construíram uma das histórias mais bonitas da fotografia.

O que muita gente não sabe é que toda a ascensão de capa está ligada diretamente à Gerda. Foi por causa dela e de sua grande desenvoltura que Capa ganhou nome e tornou-se um dos fotógrafos de guerra mais procurado pelas revistas. A fotógrafa era quem, praticamente, vendia as imagens do fotógrafo.

Com o tempo, os dois se apaixonaram e passaram a trabalhar juntos. Mas até hoje, as fotografias dela são, muitas vezes, confundidas com as dele. Gerda Taro faleceu aos 26 anos enquanto cobria a batalha de Brunete, em 1937, com a companhia do jornalista Ted Allan. Ela foi a primeira fotógrafa a morrer em uma guerra.

Diane Arbus

Conhecida por suas imagens em preto e branco, Diane Arbus, além de fotógrafa, também foi uma grande escritora. Seus registros apresentam figuras de pessoas que, no final dos anos 50, eram marginalizadas pela sociedade, como homossexuais, anões, gigantes e mulheres esquizofrênicas.

Diane Arbus descobriu a fotografia ao trabalhar com seu marido em uma agência de moda, porém, renunciava às imagens que as revistas de moda mostravam com aquela visão de um mundo quase perfeito.

Diane Arbus teve uma vida depressiva, em 1972 suicidou-se. Tristemente, foi depois disso que suas obras tornaram-se conhecidas, fazendo com que fosse a primeira fotógrafa norte-americana a expor na Bienal de Veneza.

Dorothea Lange

Com toda a certeza, a vida de Dorothea Lange estampa a luta pessoal, profissional e as realizações de uma mulher que sempre esteve à frente do seu tempo. Ela foi uma das mais importantes profissionais da fotografia norte-americana e ficou conhecida por suas fotografias que retratavam a grande depressão e a situação dos imigrantes nos Estados Unidos.

É possível dizer que ela, a partir destes trabalhos, influenciou profundamente o desenvolvimento do que hoje conhecemos como fotografia documental.
Em 1935, casou-se com Paul Taylor Schuster, professor de Economia. Paul Taylor orientou Dorothea em política e questões sociais e juntos documentaram a pobreza rural e a exploração de trabalhadores migrantes.

Entre os anos de 1935 a 1939, Lange fotografou o sofrimento dos pobres e esquecidos, famílias rurais deslocadas e trabalhadores.

Suas fotografias foram distribuídas gratuitamente aos jornais de todo o país e se tornaram registros marcantes da época. “Migrant Mother“, é sua fotografia mais famosa e uma das mais importantes da história.

Annie Leibovitz

Annie Leibovitz nasceu em outubro de 1949, nos Estados Unidos, e, mais tarde, tornou-se uma das maiores fotógrafas da atualidade. Ela tornou-se extremamente reconhecida por capturar retratos, em uma colaboração intimista entre o retratado e o retratista.

Sua primeira experiência como fotógrafa foi na aclamada revista americana Rolling Stone, em 1969. Nela, Annie Leibovitz registrou momentos marcantes da história americana e da vida dos principais músicos das décadas de 70 e 80.


É dela uma das fotos mais famosas de John Lennon e Yoko Ono, além do registro da renúncia do presidente Richard Nixon. Sem contar que até hoje, Anne é reconhecida pelos momentos íntimos de vários artistas, como os The Rolling Stones.

Ela os acompanhou como fotógrafa durante uma turnê mundial da banda, uma das experiências mais marcantes em toda sua vida. Uma grande referência para quem trabalha com fotografia artística.

Cláudia Andujar

A fotógrafa Claudia Andujar nasceu na Suíça, em 1931, e em seguida mudou-se para Oradea, na fronteira entre a Romênia e a Hungria, onde vivia sua família paterna, de origem judaica.

Em 1944, com a perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, fugiu com a mãe para a Suíça, e depois emigrou para os Estados Unidos, onde foi morar com um tio.

Em 1955, mudou-se para o Brasil, pois queria reencontrar sua mãe, e decidiu estabelecer-se no país, onde deu início à carreira de fotógrafa.

Mesmo sem falar português, ela transformou sua fotografia em instrumento de trabalho, criando um laço especial com o país. Ao longo das décadas seguintes, percorreu diversos estados e colaborou com revistas nacionais e internacionais, como Life, Aperture, Look, Cláudia, Quatro Rodas e Setenta.

Construiu um forte vínculo com os indígenas Yanomami e pôs a luta deles e da aldeia Catrimani no mapa, quando emplacou suas imagens na Revista Realidade em uma reportagem especial sobre as ameaças contra os povos indígenas. Isso lhe marcou tanto que a fotógrafa decidiu viver com os Yanomami na floresta.

Gostou da nossa seleção? Comenta aqui embaixo qual delas você já conhecia.

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