Fotógrafo brasileiro Magnus Torquato conta sua experiência na maior competição de rally do mundo e a vitória no concurso de melhor fotografia da disputa

O Brasil já fez história na edição 2022 do Rally Dakar, uma das competições de corrida mais famosas e importantes do mundo. O fotógrafo do Fotop Magnus Torquato foi o vencedor do prêmio Emilie Poucan de fotografia, na categoria de fotos registradas em automóveis.

O prêmio é uma homenagem à assessora de imprensa de mesmo nome, que atuou no evento até 2010, quando sofreu um acidente de avião no dia do seu 32º aniversário. O concurso foi lançado em 2011 em sua memória.

“Sempre quando lembro eu me emociono. É muito gratificante para a família, amigos, Fotop. Nossa, você não faz ideia de como é transformador, as pessoas passam a te conhecer, você passa a ter contato com tanta gente legal”, contou Torquato em entrevista exclusiva ao Fotop.

Essa conquista é um feito e tanto para Magnus, que começou a fotografar profissionalmente em 2008. Embora o talento tenha aparecido desde criança, brincando com a máquina Agfa, famosa por sua estrutura em forma de sanfona. Após um período atuando em estúdio, Magnus passou a cobrir eventos esportivos. Já esteve no Rally do Atacama, Rally dos Sertões e o Dakar, prova que ele registra pela sexta vez.

“Quando eu venho pra cá me desligo de tudo. Eu até peço para a minha família não falar comigo, só em casos de emergência. Por que eu não posso me desconcentrar. Um vacilo, um erro e a foto não sai perfeita. Quando há foco no trabalho de fotografar é que a emoção vai a mil. Mas quando acaba, o coração aperta e eu quero a minha casa”, afirma.

Realizado na Arábia Saudita, a 44ª edição do Rali Dakar coloca em teste pilotos de moto, SUVs e carros nos desafios mais incríveis e perigosos. Nesta edição, destaque para o deserto Rub al-Khali, em uma área de areia de 650.000 km². Assim como competidores de todo o mundo, fotógrafos de diversas nacionalidades participaram para captar as imagens mais incríveis e desafiadoras. Para Torquato, as condições climáticas foram as mais difíceis que ele enfrentou até hoje.

“Um frio horrível para dormir, de acordar tremendo os dentes. Situação de precisar fotografar usando blusas, jaquetas, luva e touca. O incrível é que depois tem o calor do deserto, que também é muito extremo. Então foi uma mistura de duas situações que também desafiam a gente que é fotógrafo, completa.

Uma edição histórica do maior rally do mundo, marcada também por este prêmio, mais que merecido, coroando não só o trabalho do Magnus, mas de toda a equipe de fotógrafos Fotop.

Nós do Fotop recebemos a notícia com imensa alegria, é a segunda vez que um fotógrafo nosso é premiado neste concurso (Marcelo Machado de Melo também ganhou o prêmio Emilie Poucan de fotografia em 2019). Ficamos orgulhosos pelo reconhecimento e gratos por tê-los conosco.

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